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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A importância do trabalho em altura (NR 35\ IRATA \ ACESSO POR CORDA)


Com a evolução das práticas e procedimentos dando cada vez mais ênfase ao tema segurança, as indústrias do Petróleo, Química e Petroquímica, tem se ancorado nas técnicas de acesso face aos custos atuais, e da necessidade de garantia total da inspeção e manutenção dos equipamentos, onde muitas vezes a forma geométrica deste é um fator que dificulta e encarece a execução das tarefas. A Técnica de Acesso Por Corda, também conhecida como Alpinismo ou Escalada Industrial, já usada no mundo a pelo menos 30 anos, principalmente Europa e Estados Unidos, vem crescendo dentro da indústria no Brasil e conquistando sucesso por proporcionar segurança, redução de tempo e menor custo dos serviços. Devido à crescente utilização do acesso por corda no país, e por não existir normas e/ou procedimentos que dessem suporte a essa técnica, várias empresas entre consumidoras e produtoras de serviços, treinamentos e equipamentos, em conjunto com a ABENDE e ABNT, reuniram-se com o objetivo de elaborar normas que estabelecessem regras e orientações para os profissionais e empresas que utilizem este método, e uma sistemática para qualificação e certificação para o profissional de acesso por corda. Este trabalho apresenta a aplicação da técnica de Acesso por Corda, praticada hoje em algumas indústrias, abordando os cuidados necessários quanto à segurança, capacitação de pessoal, e análises de riscos para a execução do serviço, vantagens e desvantagens. Apresentam também as normas brasileiras de acesso por corda, suas aplicações, e um resumo dos principais pontos de cada uma, fazendo uma analogia com as principais normas internacionais.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A importância da qualificação profissional.

A importância da qualificação profissional. A maioria dos jovens do Brasil estão estudando mais pensando na formação profissional, segundo informa no vídeo. Quando falamos em um jovem que quer ser um grande empreendedor, um executivo, antes de mais nada precisamos frisar muito a educação, hoje todas as empresas buscam um profissional muito qualificado, então esse profissional tem que ter uma educação exemplar, experiências profissionais relevantes, o que não quer dizer que você tenha que trabalhar em uma grande empresa, mas você tem que ter uma função relevante, que você realmente contribua para essa empresa. Isso é super importante, temos que nos preparar muito, pois a concorrência hoje é cada vez mais forte, mais acirrada, as empresas procuram profissionais que tenham flexibilidade para estar trabalhando em diferentes segmentos, em diferentes indústrias, hoje eu posso trabalhar numa indústria de móveis, amanhã num setor de tecnologia, o importante é que você tenha o conhecimento suficiente para ser um grande empreendedor. Concluímos que, o mercado de trabalho hoje está muito exigente, portanto você irá precisar mais dele do que ele de você. Além de que, aqueles que não estudam hoje e deixam para estudar quando já está tarde... O tempo passa, e nem sempre conseguimos alcançá-lo.

domingo, 7 de outubro de 2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Quer trabalhar no meio off - shore? ( Perfuração)

por Erik Azevedo
Fique conhecendo através desta matéria o que marítimos podem realizar nas unidades de perfuração marítimas, as sondas.
- Demos uma repaginada neste artigo, pois atualizações já ocorreram neste setor no Brasil que é muito dinâmico.

Este artigo surge baseado em outro antigo já publicado neste blog, postado por nossa amiga 2OM Marília Carmo.
Entre a variedade de embarcações que trabalham na costa, especialmente para a indústria do petróleo, temos em destaque as sondas, que são plataformas de perfuração ou navios sonda.


Uma sonda de 6ª geração
É com a perfuração, que tudo realmente inicia de fato relativo à exploração do "ouro negro", no mar. Obvio que antes, foi realizada a sísmica, e outras pesquisas geológicas feitas por embarcações especializadas, porem já definida a locação, a unidade de perfuração chega ao local e começa de imediato a "perfurar". Dentro da a equipe do Blog, temos um amigo, que entende bem a fundo todo o processo envolvido com o serviço de perfuração, que é o CLC Robson Freire, que atualmente é Capitão de uma SS (plataforma tipo semi-submersível).
As SS's podem ser de 2 tipos:
-As SS ancoradas


Semi Submersivel ancorada da ODECO atual Diamond Offshore, a Ocean Guardian durante reboque.
E as SS, posicionadas dinamicamente, ou simplesmente:
SS-DP


Sonda DP com propulsão própria Maersk Developer

Ainda há as sondas auto eleváveis, ou jack up, que são como barcaças sem propulsão que possuem pernas que elevam a mesma, porem são operadas em águas bem mais rasas.
Jack up, ou auto elevável


Plataforma Auto elevatória - Maersk Innovator, durante reboque, foto Pawel
Navio Sonda
A sigla NS, que quer dizer "navio sonda", estes são navios apropriados para construção de poços de petróleo no mar, a grande maioria dos NS, são navios também posicionados dinamicamente, então no fundo tanto as SS, quanto as Jack up e NS, realizam o mesmo tipo de trabalho, porem com capacidades bem diferentes e performasses diversificadas.

Voltando aos NS, estes são navios desenvolvidos para operar em condições extremas, atualmente há navios sonda de 6ª geração, bem como as SS-DP, também com performasse similar, mas a diferença entre ambos é o fato de um ser navio, e o outro ser uma plataforma flutuante semi submersível, mas com propulsão própria.


Um grande navio sonda de 5ª geração (Drilling ship -Jack Ryan)

O MODU Code
Esta convenção surge da necessidade de padronizar a construção de unidades marítimas e certificar a força de trabalho empregada nos diversos tipos de sonda, pois um NS, quando não navegando, não passa de uma unidade industrial flutuante, bem esta é a mentalidade que impera na industria do petróleo, e seus "tripulantes", encarados como "petroleiros".


"Mr Charlie" foi a primeira plataforma de perfuração, capaz de ser transportada de uma locação a outra, era do tipo submersível, para águas bem rasas, isso em 1954.
As coisas no ramo da perfuração começaram empiricamente, e sabe se que no mar, tudo teve inicio em maior escala, nos anos 30, primeiro na costa da Califórnia, e depois no Delta do Rio Mississípi, com plataformas bem rústicas do tipo submersíveis, como a Mr.Charlie* (anos 50),plataformas como esta, foram projetadas pela própria empresa de perfuração, tudo era adaptado de terra, para o mar, e logo a tripulação, não passava de cowboys, as acomodações eram de madeira, aquilo não era nem de longe comparado ao que são hoje as modernas SS-DP. Apesar de nem sonhar em ainda existir o STCW Code, logo o trabalho em plataformas de perfuração, seria encarado apenas como uma continuação do trabalho de perfuração em terra. Não criando uma mentalidade marítima, pois aquilo não era considerado uma embarcação, e que dirá navio. É por isso que a "sonda", é o centro das atenções da companhia, logo as outras atividades em torno dela, são encaradas em segundo plano. O profissional do mar, ficou de fora no nascimento da industria do petróleo no mar, por isso que em sondas, muitas das operações que deveriam ser executadas apenas por "gente do mar", foram se tornando atividades corriqueiras do pessoal operacional, os marítimos foram ficando cada vez mais distantes destas estranhas estruturas flutuantes.


Nos anos 60 foram surgindo as Drilling Barge - auto eleváveis, tipos como estas eram muito comuns na região do Golfo.
-Mecânicos de terra, fazem o serviço que seriam dos maquinistas, condutores, e marinheiros de máquinas.
-Homens de área (roustabout), trabalham com movimentação de carga e estivagem e conservação, isso poderia ser feito por moços ou marinheiros aux. de convés.
-Parte da supervisão técnica, como até a parte da segurança do trabalho e patrimonial, poderia muito bem ser feita por pilotos (ON), bem como o lastro, e supervisão de convés, muitas vezes é feita por um capataz, chamado de deck pusher, quem conhece a atividade à fundo entende bem como funciona esta estrutura bem estranha para um marítimo normal.


Plataforma tipo Jack up, posicionada em operação


Um modelo de uma antiga SS ancorada.
Mesmo com a adaptação de torres de perfuração em cascos de navios no inicio dos anos 60, surgindo então a 1ª geração de NS, a atividade continua basicamente industrial, dirigida não pelo Capitão do navio mas sim pelo OIM (offshore installation manager). Constantes acidentes de grande monta ocorriam em sucessão, as operações de perfuração foram migrando para regiões cada vez mais inóspitas e águas mais profundas. Nasce então a nova fronteira da exploração no mar, a região do Mar do Norte na primeira metade dos anos 60, e com isso a necessidade de usar cada vez mais navios sonda, e SS ancoradas de grande porte. Foi nesta região que mudanças começaram a ocorrer timidamente, com a contratação lenta mas gradual de gente com qualidade marinheira, primeiro vieram os pescadores, e mais à frente, tripulantes de navios cargueiros.


O grave acidente com a Sonda Alexander L. Kielland, forçou mudanças na indústria do petróleo.
Mas ainda continuava a ser um território dos petroleiros, mas só que no habitat marinho.


O terrivel acidente com a SS Deepwater Horizon, coloca mais uma vez em xeque a fragil cadeia de comando graças ao MODU Code, que permite uma grande flexibilidade nas contratações.
IMO e Port State
Mais ha frente e tardiamente surge o SOLAS da atividade de perfuração o MODU - Code (Code for the Construction and Equipment of Mobile Offshore Drilling Units), somente em 1979.
Segundo o site da CCA - IMO (vale lembrar que a CCA que é a Comissão Coordenadora dos Assuntos da IMO [no Brasil], estão muito ocupados, e por isso - ainda não traduziram - o código para a língua portuguesa, código esse aprimorado desde 1989).

-Código para Construção e aparelhamento de Unidades Móveis de Perfuração Marítima


Propósito: Estabelecer um padrão internacional para as Unidades Móveis de Perfuração Marítima que facilite a movimentação internacional e a operação destas unidades e assegure um nível de segurança para elas equivalente ao dado pela SOLAS e pela “Load Lines” aos navios convencionais engajados em viagens internacionais.


Situação Internacional: Código de emprego não obrigatório.
Existem duas versões para o Código:

- a primeira versão, “1979 MODU Code”, adotada pela Resolução A.414(XI), aplica-se às plataformas construídas entre 31/12/81 e 01/05/91.
- a segunda versão, “1989 MODU Code” foi adotado pela Resolução A.649(16), aplica-se às plataformas construídas após 01/05/1991.
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Então continuamos ainda em terra de cego, em que, quem tem apenas um só olho é rei, e quem administra a CCA-IMO no Brasil é nada mais nada menos do que o comando da Marinha de Guerra.
Vamos ao que interessa então, qual a relação do MODU Code, com o trabalhador marítimo? Expliquei mais acima, como isto surge, na verdade, não foi a industria do petróleo quem mudou e se tornou marítima, e sim a IMO, quem foi maleável e flexibilizou as normas, criando uma convenção própria para a atividade. É verdade que a industria do petróleo sempre foi avessa á regulamentação e controle externo, então como o braço da perfuração que é um dos mais fortes, na indústria do petróleo, não poderia ser diferente.


Ex Peregrine 3, atual Aban Abraham (Etesco), um dos muitos navios sonda de 4ª geração, classe Pelican IHC
Com o MODU Code, todo pessoal de terra que embarca nestas unidades recebe certificados de qualificação em regras de equivalência ao que temos no STCW, por exemplo, existe o Barge Master ( que seria o Capitão), o Encarregado de Manutenção Geral (que seria a função do Chefe de Máquinas), logo parte deste pessoal de terra, recebe certificação para poder operar estas unidades, não abrindo então estas posições para marítimos experimentados no mar.
Como disse acima, com o desenvolvimento das atividades na região do Mar do Norte e Mar da Noruega, à voga começa a mudar à favor do marítimo, pois estas regiões bem mais inóspitas para os "caipiras" dos pântanos da Louisiana, a vida marinheira faz toda uma diferença. Por isso basicamente temos dois tipos de industria do petróleo, a do Golfo do México, e a do Mar do Norte (Não mencionei aqui o resto do mundo, pois é uma bagunça generalizada, como na Ásia nos anos 70 e África).


SS tipo ancorada durante reboque
Porem apesar de hoje em dia o marítimo estar conquistando seu lugar a bordo das sondas, muitas posições ainda são muito flexíveis, graças ao MODU Code, por exemplo, existe o A/B Modu, o que seria um Marinheiro de Plataforma, por isso é muito comum, você marítimo que é certificado, e navegado, ouvir os colegas da sonda, dizerem que possuem uma carteira do Panamá ou Bahamas, tirada num cursinho relâmpago, ou até mesmo entregue a bordo sem qualquer curso ou treinamento, o mesmo se da com supervisores, como Tool Pusher, ou até mesmo o OIM, que não são marítimos, bem como toda a equipe da sonda, e o pessoal da manutenção, como eletricistas, mecânicos, e todo pessoal do convés (movimentação de carga).
Conhecendo as funções

A bordo de uma sonda, seja ela SS, Jack up, ou NS, as funções são basicamente as mesmas, e em quase todas as empresas, tudo gira em torno da atividade fim: Perfuração, os demais são "staff", como disse um conhecido Rig Manager (gerente em terra). Os departamentos são eles, Perfuração, Manutenção( Engine [máquinas e elétrica]), Subsea, Segurança, Movimentação de Carga (ou deck), Marine (ou marinha ou marítimos), e Catering (hotelaria marítima).
Vou apenas me ater as funções que podem ser muito bem ser exercidas por marítimos, claro que descartando a área de perfuração, que é bem peculiar.

No topo desta estrutura organizacional existe a figura do OIM, que seria o Superintende de Sonda, todos até hoje que vi em sonda são provenientes da área de perfuração, este figura geralmente esta acima do Capitão, que por sua vez em muitas empresas de perfuração é apenas um supervisor do departamento de convés, bem como o Chefe de Máquinas, é limitado à praça de máquinas.

Na Perfuração temos:


Uma SS e um NS de 6ª geração da Transocean

Tool Pusher = Supervisor de Sonda ou capataz de sonda (há empresas que insistem em contratar engenheiros para esta função técnica).
Driller e assistentes = Sondador é o cara que perfura, fica na dog house.

Derrick man e assistentes = É o torrista, da qual lidera a equipe na sonda.

Pump man = Cuida de bombear e preparar os fluídos de perfuração e ativos, sob a supervisão do torrista.

Floorman = Plataformista, é o famoso peão de sonda, faz tudo na sonda, grande maioria destes começaram como Homens de Área, porem este é o primeiro degrau até chegar à OIM.

Manutenção:

Superintendente de Manutenção= Na maioria das vezes são técnicos, raramente um engenheiro, e quase nunca um OSM, ou maquinista, mas para ocupar esta posição é necessário apenas um certificado MODU.

Supervisor da Elétrica = A mesma coisa, com o supervisor dele acima, são técnicos, que ocupam esta posição com um certificado padrão MODU.

Supervisor da Mecânica = Como os demais acima, é um técnico ou tecnólogo com certificado MODU.

Rig Mechanic = Mecânicos de sonda, ou mecânico geral, aonde quebrar ele vai.

Eletricistas= Todos que vi até hoje em sondas não eram marítimos.

Eletrônicos= São técnicos em eletrônica

Caso seja um navio sonda teríamos ainda:
Supervisor de praça de máquinas = OSM, porem subordinado em muitos casos pelo Superintendente de Manutenção, isso que não entendo o Chefe subordinado à um técnico.
Operador de sala de controle = Na verdade é um outro nome para os maquinistas, mas já vi em alguns navios sonda, mecânicos ocupado estas funções com o nome de operadores de facilidades (como é em FPSO).

Motorman= Isso é um caso à parte - pois muitos não são marítimos, claro que no cartão de lotação exigem pelo menos um MNM, e mesmo assim alguns técnicos exercem as funções dos OM's como operadores de "control room".

Subsea:


Um BOP- Blow out Preventer

Eng. Subsea = Não é necessariamente um engenheiro formado, e sim provavelmente o mais safo dos técnicos.
Subsea Senior= É o profissional encarregado de fazer todo o equipamento submarino da sonda funcionar, trabalham diretamente com o pessoal da sonda, pois toda a segurança do poço depende do bom desempenho destes profissionais, são os responsáveis pelo BOP - Blow Out Preventer.

Subsea e assistentes = É o pessoal mão na massa, é o sonho de muitos plataformistas.

Segurança:
Supervisor = Já conheci piloto como supervisor nesta área, mas a grande maioria são técnicos em segurança.

Técnico em Segurança do Trabalho e Treinamentos = Já diz tudo.
Movimentação de Carga:
Deck Pusher = Supervisor de convés ou um capataz de convés, muito raramente se vê um Marinheiro, ou CTR, ou MCB ocupando esta posição.

Guindasteiros = Opera guindastes e guinchos, grande maioria começou como homem de área e nunca foi marítimo, ainda chamam cabo de corda em navio.

Roustabout = Homens de Área, serviços gerais no convés, poderiam muito bem ser funções reserva de mercado para os Marinheiros Auxiliares, e MOC, porem muitos Homens de Área, recebem carta A/B MODU, e se julgam marinheiros (Abre o olho DPC).

Marine (é assim que chamam os marítimos):
Master = Dependendo da unidade, alguns não são bem marítimos, graças ao MODU Code, cursos rápidos habilitam Operadores de Lastro em Barge Master.

DPO's= Ocorre o mesmo com os Operadores de Posicionamento Dinâmico, e seus assistentes, muitos não são marítimos.

BCO=Operadores de Lastro, muitos destes também não são marítimos, vários começaram como Radio Operadores.

Bosun = CTR ou MCB, e também nada impede que um Marinheiro possa ser, porem no MODU Code, é possível qualquer um ser "habilitado" como tal.

A/B = Marinheiro de Convés, no MODU Code é possível qualquer um com a carta MODU exercer a função, mesmo chamando cabo de corda.

Não mencionei aqui o Imediato, pois geralmente só encontramos em Navios Sonda, mas seria mais uma espécie de Supervisor do setor marítimo.
Atualmente o mercado de trabalho na perfuração esta bem aquecido, falando por experiencia própria ele já esta aquecido desde antes, do boom na industria marítima mundial, tem faltado pessoal para as diversas funções especializadas, como Sondador, Tool Pusher, Torrista, Subsea (esta então sempre foi carente), guindasteiro, BCO, DPO, Imediato de sonda, Barge/Capitão de sonda, e até OIM.

Devido a isto muitos terrestres vem ocupando as funções que deveriam ser por direito apenas exercidas por marítimos.


NS Petrobras 10000, navio de 6ª geração operado pela Transocean na África, foto Richard Shipspotting

Isto ocorre porque o sistema de carreira nestas empresas, é muito flexível, pois o terrestre não depende de uma organização militar (MB) e nem de uma convenção internacional, para regular em quanto tempo ele pode ser promovido, logo é filosofia de algumas grandes empresas de perfuração, já estimular o "operário", há buscar sua própria qualificação e com isso ser promovido rapidamente, portanto é comum em menos de 10 anos um roustabout, conseguir chegar até driller por exemplo, nesta indústria o natural é ocorrer promoções a cada 2 anos no máximo, é muito comum o sujeito pular de guindasteiro à torrista por exemplo, ou um mecânico, passar à subsea (uma das carreiras mais almejadas).

Salários
O nível salarial nos serviços de perfuração é bem elevado se comparado à nós marítimos por exemplo que precisamos estudar, nos qualificar e passar por processos de treinamentos, pois o pessoal da perfuração, não necessita estudar tanto assim, claro que há exceções, pois algumas empresas possuem programas para engenheiros trainee, porem há uma tremenda dificuldade em reter estes profissionais, mesmo com o atrativo salario e acessão relâmpago na carreira, o trabalho é mais pesado e demanda uma dose de talento.
Atualmente há uma demanda para novas sondas jamais vista no Brasil e no mundo, pois não é somente aqui que temos exploração em larga escala, além do Brasil, no Mar da China, e Austrália, e agora Angola, tem despontado como locais em franca expansão para as empresas de perfuração.


Uma Semi submersivel DP, de ultima geração.

Porem Brasil em breve deve ultrapassar o Golfo do México (EUA), em quantidade de sondas em operação, somente a Petrobras firmou contrato para 28 novas sondas de ultima geração à serem construídas no Brasil, porem nenhuma ainda começou a ser construída. As que estamos vendo chegar, de empresas nacionais, e estrangeiras, já eram unidades esperadas desde 2007, e estavam encomendadas nos estaleiros na Coreia do Sul, China, Singapura, Japão, e Abu Dabi.
Segundo dados somente a Petrobras pretende operar até 2017 um total de 63 unidades de perfuração, entre SS e NS. Não menciono aqui as sondas que já operam para OSX, e demais companhias internacionais como a Shell, Exxon, Devon, Statoil, ENI, e outras mais, que operam no Brasil. Hoje os preços com afretamento de sondas estão nas alturas (chegou à 1 milhão de dolares dia o afretamento de um NS ultra deep water em 2010).


SS Amazonia - Mais uma nova sonda da Schahin -Foto: Erik Azevedo

"Quando assinamos os contratos de concessão da quinta rodada, em 2004, era factível atingir 51% de conteúdo local na perfuração porque o cenário era bem diferente", afirmou o diretor da Anardarko, Claúdio de Araújo. De lá para cá, lembrou o executivo, o preço de afretamento das sondas de perfuração para áreas marítimas, importadas, disparou cerca de 300%.
Alugar uma sonda importada para perfurar poços em mar pode custar de US$ 300 mil ( SS ancoradas e Jack up) a US$ 1 milhão por dia (SS -DP ultra deepwater e NS Ultra deepwater).
É por isso que os salários estão em alta, e hoje em dia nas grandes empresas de perfuração, os salários tem acompanhado este aumento das taxas de afretamento, por isso muito "peão" de perfuração tem salários ao nível dos oficiais marítimos que estão as vezes na mesma unidade.


Navio Sonda - Saipem 12000, em acabamento na Coreia do Sul, foto: gCaptain
Empresas
Hoje temos uma variedade grande de empresas, tanto as internacionais quanto as nacionais, podemos destacar aqui algumas:
Internacionais:
Transocean Inc. - Maior empresa de perfuração do mundo.
Noble Corp. - No Brasil esta maior parte da frota dos navios sonda Noble, e atualmente a segunda maior do mundo (59 sondas) após aquisição da Frontier Drilling.
Diamond Offshore - No Brasil se chama Brasdril, terceira maior do mundo (48 unidades).
ENSCO/Pride - Em franca expansão no Brasil, a ENSCO se funde com a Pride, a mesma deixa de existir, ficando apenas a ENSCO que hoje está no Brasil por causa da Pride.
Sevan Drilling - Tem ganhado contratos aqui.
Seadrill/Seawell - Norueguesa, possui sondas novas de ultima geração no Brasil.
Navis Drilling - Vem chegando também com novas unidades.
Stena Drilling - Também opera no Brasil, eles possuem uma frota nova.

Saipem - Ocasionalmente ela opera no Brasil.
Ocean Rig - Grupo norueguês - Mais um novo player, ganhou o mega contrato da Petrobras para 21 novas sondas à serem montadas no Brasil.
Pacific Drilling - Chegando agora no Brasil com pelo menos um navio sonda novo, e espera despontar no mercado local.


Plataforma SS DP tipo ovular da Sevan Drilling de 6ª geração
Nacionais:
Queiroz Galvão - Já opera com sondas próprias há um certo tempo se nao me engano possui 6 unidades.
Petroserve - Esta nasce de uma parceria com uma empresa holandesa de perfuração, já é velha conhecida no Brasil.
Etesco - É uma das pioneiras na perfuração entre as nacionais, desde os anos 80 com a antiga UNAP.
Odebrecht Óleo e Gás - Esta voltando com todo o gás, com novas sondas (3 NS e 5 SS novos).
Schahin- Já vem operando sondas próprias ha algum tempo, atualmente tem crescido bastante.
Delba Perfurações - Vem trazendo o SS Delba III (custou mais de 600 milhões de dólares) e mantem uma parceria com a OOG (Odebrecht).


NS Norbe VIII da Odebrecht Óleo e Gás ou OOG.
Segundo a própria Petrobras, ela promete os contratos para as novas 28 sondas para empresas nacionais de perfuração, portanto logo podemos contar com grandes empresas de perfuração nacionais num futuro não tão distante.
Ainda temos os contratos internacionais, pois a carência por pessoal experiente em sondas é mundial.


*Mr. Charlie : Foi a primeira plataforma flutuante de perfuração capaz de ser rebocada para águas desabrigadas e poder construir poços, ela foi construída de 1952 à 53, e entra em operação em 1954, para a ODECO trabalhando para a Shell Oil, ela continuou a operar por mais 32 anos, até se tornar museu e unidade de treinamento hoje pertencente a Diamond Offshore.
Matéria dedicada à RO/AB- Julianna Rossi, e ao Capitão de NS Leônidas Ferreira.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Oportunidades de empregos em estaleiro

Estaleiro Renave Niterói vai abrir 330 vagas este ano
Posted on 10/02/2012 by Rodrigo Cintra | 5 Comentários

Autorizada a realizar atividades de reparo e construção naval na Ilha do Viana, no Barreto, até janeiro de 2014, a Empresa Brasileira de Reparos Navais S/A (Renave) recebeu, nesta semana, a licença de operação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para exercício de suas respectivas funções. De acordo com a empresa, a medida poderá gerar até 330 novas vagas, no médio prazo, caso o setor mantenha-se aquecido ao longo deste ano.

“Vivemos um momento em que a indústria além de ter sido retomada, cresceu, melhoramos os serviços. Hoje, contamos com 1.100 funcionários, nossa prioridade está nos investimentos em equipamentos e modernização, bem como metodologia, para otimizarmos nossos esforços. Estamos atentos, também, na valorização dos profissionais, porque quem paga mais leva, logo, reter mão de obra qualificada não está fácil”, disse Fernando Andrade, Assistente Comercial da Renave.

“Caso o ritmo da economia da construção naval se mantenha nos patamares atuais, poderemos sim ampliar nosso efetivo de 20% a 30%”, completou Andrade.

CAPACIDADE PARA PLATAFORMAS

O Vice-Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí, Edson Carlos da Rocha, reconheceu a importância do estaleiro investir em suas dependências, mas ponderou que a reativação de um antigo projeto para sua área seria capaz de, efetivamente, aumentar o número de trabalhadores da empresa.

“Em 2009, uma proposta de transformar dois diques da Renave em um foi apresentado ao Fundo da Marinha Mercante, entretanto, não prosperou. Remodelá-lo e defendê-lo, de novo, é importante, porque isso forneceria condições à construção de plataformas semisubmerssíveis no local. Dessa forma, sem dúvida, a oferta de empregos aumenta”, pontuou o sindicalista.