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sábado, 3 de abril de 2010

GIGANTE

Wagner Victer critica decisão da Comissão de Licitação

O secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, criticou ontem a decisão da Comissão de Licitação da Transpetro de autorizar a unificação de dois consórcios em um único, que passou a ser integrado pelas construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, além dos estaleiros Aker Promar, de Niterói (RJ) e da coreana Samsung. Segundo ele, a medida rompeu os princípios da pré-qualificação da licitação da estatal e deve ser alvo de análises do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo o secretário, a exclusão do grupo norueguês Aker Yards e da japonesa Mitsui - as empresas integravam os dois consórcios antes deles serem unificados - deveria ter reduzido a pontuação técnica do novo consórcio. "O consórcio agora é conhecido como Frankenstein, por ter sido formado a partir de retalhos dos dois grupos anteriores", disse Victer.

O novo consórcio participa da disputa sem possuir um estaleiro, que seria construído em Suape (PE) depois da licitação e em caso de vitória dos grandes navios do edital, como suezmax e aframax. "Estamos estudando possibilidade de entrar com representação no Ministério Público. O que era boato (a formação de um único consórcio entre grandes construtoras) virou realidade. Eu particularmente não acreditava que isso iria ocorrer, pois é um absurdo. O TCU precisa fazer alguma coisa. Uma licitação não é um jogo de corta e cola", disparou.

Victer acrescentou que a formação do consórcio é uma "forçação de barra" para que as construtoras fiquem com os 10 navios suezmax e os cinco aframax da licitação. "Quando a comissão for abrir os preços, tenho certeza de que os valores estarão absurdamente altos. Além disso, tirar os navios suezmax ou aframax do consórcio Rionaval ou Brasfels, estaleiros qualificados, é um ato criminoso", disse o secretário

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